quinta-feira, 3 de outubro de 2019

SALMO 90 - A ETERNIDADE DE DEUS

Sal. 90:1: "Senhor, tu tens sido o nosso refúgio".

Dizem os teólogos sem teologia que Moisés inaugurou a Dispensação da Lei e que Cristo inaugurou a Dispensação da Graça. Que todos os que nasceram no AT se salvarão pelas obras da Lei, e aqueles que nasceram no NT se salvarão pela graça de Cristo. Mas aqui temos a verdadeira teologia, pois o próprio Moisés põe a sua confiança não na Lei, mas no Autor da Lei, que é Deus de quem ele roga a graça no final do salmo (v. 17).

O salmo começa com uma declaração de Moisés para Deus: ''Senhor, Tu tens sido o nosso Refúgio, [a nossa Proteção, a nossa Ajuda e Socorro]''. É importante o que você diz para Deus, numa simples oração. Esta é a sua oportunidade de dizer para o Pai o que você sente por Ele, o que você pensa dEle, quais são as suas idéias a respeito de Deus. E Moisés foi logo dizendo o que ele pensava de Deus para Deus: ''Tu és o 'nosso' Refúgio'', incluindo todo o povo de Israel do seu tempo e de todos os séculos que já haviam passado, ''de geração em geração''.

Deus tinha sido um Refúgio para Abraão, nas suas viagens em terreno inimigo. Deus tinha sido um Refúgio para Jacó, quando fugia do seu irmão Esaú, quando ele lutou com o Anjo do Senhor no vau do Jaboque, quando ele enfrentou o seu irmão com o seu exército armado para matá-lo. Deus tinha sido um forte Refúgio para José, quando foi vendido como escravo pelos seus irmãos, quando foi tentado pela mulher de Potifar.

Deus tinha sido um forte Refúgio para Moisés e o seu povo ao tirá-los do Egito: Eles foram protegidos das 10 Pragas. Eles foram livrados dos seus inimigos que foram afogados no mar Vermelho por onde esse povo passou em terra seca, e finalmente foram sustentados no deserto, comendo pão dos anjos e bebendo água límpida que nascia da rocha. Com efeito, Moisés podia agora dizer: ''Senhor, Tu tens sido o nosso Refúgio, de geração em geração".

Deus é o nosso Refúgio contra os nossos inimigos, contra as provações, contra as tentações. Deus é o nosso Refúgio contra as tribulações, contra as privações e contra a ira do Diabo, que nada pode contra o povo de Deus. Na dor, no sofrimento, e na tristeza. Deus é o nosso Refúgio na aflição, na angústia e no desespero. Deus tem sido o nosso Refúgio nas tempestades, nas procelas, nas guerras, na vida e na morte. De “geração em geração”, de descendência em descendência, através dos séculos, de tempos em tempos e em todos os tempos.

Mas,

I – COMO É DEUS (PARA QUE SEJA NOSSO O REFÚGIO)? [v2,4]

V. 2: ''Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.'' Deus é Eterno. Se Ele não fosse Eterno (dizemos com reverência, para que possamos compreendê-lO mais), chegaria o tempo em que Ele não mais seria Refúgio. Mas como de fato Ele é Eterno, pode ser o nosso Refúgio, e o Único Refúgio hoje, amanhã e por toda a eternidade.

Moisés contemplou o monte Sinai, o monte Horebe, vislumbrou aquela cordilheira de rochas imensas, aquelas fortificações massiças. É natural o pensamento de estabilidade e eternidade. Deus é eterno, como indicam Suas obras criadas, como os montes, que parecem eternos, mas não são. A Terra, o mundo, o globo, a matéria, nada disso é eterno, embora os Evolucionistas, não achando explicação para os seus problemas, afirmam que a matéria é eterna. Não, a Terra não é eterna. E as galáxias? Também não; tudo foi criado pelo Eterno Deus, que existe antes das coisas criadas.

O próprio nome de Deus indica que Ele é eterno. O Seu nome é Javé ou Yahweh, que aparece na Bíblia 6.823 vezes, e é muito próprio para designar a Divindade, porque significa eterno. A palavra vem do verbo ser, e significa ''aquele que é'', ''aquele que existe por si mesmo'', "eterno".

Mas como podemos entender a eternidade, como podemos medir essa imensidão que ultrapassa a noção do tempo? V. 4: ''Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite.'' Moisés nos dá um vislumbre, uma pálida idéia. A eternidade de Deus é algo tão vasto, que para Ele, 1.000 anos é como se fosse 1 dia. ''Mil anos'' que para nós é um tempo considerável, para Deus não passa de um simples dia, como o dia de ontem que se foi tão rapidamente. 

Alguém fez uma comparação: Vamos supor que uma grande águia viesse do céu à uma imensa montanha de ferro em nossa Terra, a cada 10 milhões de anos, a fim de afiar o seu bico, e que a montanha se desgastasse com o passar do tempo. Quando a águia houvesse gasto toda a montanha de ferro, após muitos milhões de anos seguidos afiando o seu bico, a eternidade estaria apenas começando!

Deus não conta tempo, Deus não conta os anos, Ele é eterno, o Seu tempo não passa, Ele vive um presente sem fim. Para Ele não se conta o tempo; o tempo não muda nada em Deus: nem a aparência, nem os atributos;  porque Ele é imutável, imortal e eterno. Ele é sempre o mesmo. Deus é eterno ontem, hoje e amanhã. E nós vivemos entre as 2 eternidades. Deus vive de eternidade a eternidade, que é uma expressão poética, mas que encerra um grande pensamento: a imensidão e o infinito.

Mas, se Deus é eterno,

II – COMO SOMOS NÓS (PARA QUE PRECISEMOS DESESPERADA E URGENTEMENTE DE UM REFÚGIO)? [V. 7-12]

1. Somos mortais. V. 7: ''Somos consumidos pela tua ira". Moisés estava descrevendo a situação do povo de Israel no deserto. Ele sentia a tristeza de ver o seu povo perecendo. A Bíblia diz que num só dia pereceram 24.000 pessoas (1Cor. 10:8), como resultado da ação direta de Deus. Milhares foram mortos soterrados, outros foram fulminados, outros morreram pelas picadas de serpentes.

Hoje também somos consumidos. Hoje como humanidade, igreja, e como indivíduos estamos sendo igualmente consumidos no deserto inóspito deste mundo. Muitas vezes somos vítimas de terremotos, catástrofes, tsunâmes, guerra, terrorismo ou doenças. Disse Paulo: "Dia após dia morro!" (1Cor. 15:31). 

2. Somos pecadores. V. 8: ''Diante de ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos." Agora Moisés se inclui junto de seu povo como um pecador. A Bíblia diz que todos são pecadores, e carecem da glória de Deus. Iniqüidade é injustiça. Somos culpados de injustiça, e de transgredir a Lei de Deus, cujos mandamentos são justos. Somos culpados de nossos pecados ocultos.

Mas para Deus não existem pecados ocultos. Diante dAquele que é onisciente, que sabe de todas as coisas, nada se pode esconder da luz fulgurante do seu rosto. Ele está presente em todos os lugares, e pode ver a tudo o que acontece, e sabe de tudo o que se passa conosco. Ninguém pode se esconder de Deus. Ele sabe de tudo o que acontece com você. Ele conhece todos os seus pecados ocultos. 

3. Somos transitórios. V. 9-10. Nós somos como um rápido sono, como a relva que floresce, murcha e seca (v. 5-6), somos como um ''breve pensamento'', ''porque tudo passa rapidamente e nós voamos'' (9-10). Nós somos mortais, passageiros e transitórios. Quanto tempo viviam os homens daquele tempo? Adão viveu por 930 anos; Matusalém viveu por longos 969 anos. Noé, por 950. A 1.500 anos a.C., Moisés viveu por 120 anos, como exceção. A média de vida do povo foi abreviada de 900 para 70-80 anos. E em nosso tempo a média de vida é menor ainda, em muitos lugares de nosso planeta.

4. Somos insensatos. Falta-nos a sabedoria do conhecimento de Deus e de Seus atributos. Moisés faz uma pergunta intrigante e solene: v. 11: ''Quem conhece o poder da Tua ira?'' A resposta é ninguém conhece. Os que já morreram por causa dela, não podem mais contar. ''Quem conhece?'' – é uma pergunta que indica que ninguém ainda conhece esse aspecto do caráter de Deus, em toda a sua intensidade. Os próprios anjos não conheciam nada a respeito da ira de Deus, e até os demônios tremeram por suas vidas no Dilúvio que destruiu essa Terra no tempo de Noé.

Agimos insensatamente por desconhecermos o poder da ira divina. O que faríamos se já tivéssemos sentido esse poder? Muitos de nós haveríamos de procurar mais consagração. Este é um assunto muitas vezes relegado ao esquecimento e à negligência. O poder da ira de Deus, que é completamente destruidor, deveria nos inspirar ao temor e à reverência. O temor de Deus é o que nos falta para nos guardar de pecar contra o nosso amorável Criador.

Então, Moisés faz uma prece, no v. 12: ''Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio''. Ele não sabe como enumerar os seus dias, não sabe como contá-los, não conhece o número dos seus anos medidos em dias, de tão fugazes que são. Ele desconhece o seu tempo de vida. De fato, ele podia morrer a qualquer momento. Assim somos nós tão passageiros e transitórios.

Agimos insensatamente por desconhecermos a brevidade da vida. Quem pode saber "o que sucederá amanhã"? "Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa." (Tia. 4:14). O que faríamos se soubéssemos que amanhã nossos dias chegariam ao fim? Muitos de nós haveriam de se preparar para a eternidade.

Contar os dias significa medi-los, conhecendo as limitações que nos são tão próprias, porque se para Deus o tempo não se conta, para nós ele deve ser contado. Isto significa viver os nossos dias com prudência, sabedoria, cuidando em como aproveitar ao máximo as oportunidades, não gastando o tempo em futilidades, não esbanjando o precioso tempo de graça que Deus nos concedeu para que nós nos preparássemos para o Céu.

Esta oração revela o quanto nós somos negligentes em procurar a sabedoria, desconhecendo o valor do tempo e revelando insensatez. Muitas vezes, vivemos em completa indiferença acerca da brevidade dos nossos dias. Disse Paulo: "Vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus." (Efé. 5:16).

Se pudéssemos avaliar quão breve é a nossa existência, quão passageira é a nossa vida, quão efêmeros são os nossos dias, quão fugidiças as horas que ainda temos! Certamente, isso nos levaria a mais sabedoria para aproveitarmos o tempo de graça que ainda nos resta. Certamente, seríamos mais consagrados, mais piedosos para vivermos à luz de um Deus eterno. 

Portanto, qual seria a grande lição para nós hoje? Se somos pecadores, mortais, transitórios e insensatos, não temos razão para o orgulho, exaltando-nos a nós mesmos sobre os outros; não temos razão para a vaidade, ocupando-nos com o que é inútil; não temos razão para a maledicência, denegrindo o caráter de nossos irmãos; não temos razão para ser egoístas. Somos apenas mortais, pobres pecadores, com um breve período de vida, transitórios, insensatos, merecedores da condenação eterna.

III – QUAL É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA? [v. 13-17]

Diante de tantas realidades, diante de tantas fraquezas, qual é a nossa esperança? Quando o homem contempla a Deus em Sua eternidade, quando ele contempla as suas debilidades, ele se vê como pecador mortal, quando ele se conhece como objeto da ira divina, ele anseia a imortalidade, porque ''Deus colocou a eternidade no coração do homem'' (Ecl. 3:11).

Então, ele clama (v. 13a): ''Volta-te, SENHOR! Até quando?'' A palavra "SENHOR" é tradução de Yahweh, que significa Eterno, existente por si mesmo. Ele está clamando: “Até quando, ó Eterno, nós seremos mortais? Até quando contemplaremos a morte dos nossos queridos? Até quando seremos tão transitórios? Até quando veremos a imortalidade apenas como um profundo anseio? Até quando estarás irado contra o Teu povo?”
Onde está a nossa esperança? Nossa esperança está na propiciação. V. 13b: "Tem compaixão dos teus servos". Algumas versões dizem: ''Aplaca-Te para com os Teus servos'' (Almeida Antiga). Com efeito, este é o sentido conforme o contexto que até agora vinha descrevendo a ira, o furor e a cólera de Deus. Moisés pede que Deus aplaque a Sua ira, que seja apaziguado, que desvie a Sua ira do Seu povo.

Como é que Deus fez isso no passado? Como foi que Ele atendeu à esta oração intercessória de Moisés? Quando Ele foi aplacado em Sua santa ira? Ele foi aplacado quando Jesus Cristo morreu na Cruz do Calvário. Cristo "é a propiciação pelos nossos pecados'' (1 Jo. 2:2); Ele morreu como uma propiciação, uma oferta que apaziguava a Deus, a fim de que nós pudéssemos ser salvos e desse modo alcançar a imortalidade. Nossa esperança está na propiciação de Jesus Cristo, morrendo e derramando o Seu sangue por nós.

Portanto, se nós aceitarmos a propiciação de Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o nosso pecado, nós podemos ver a eternidade tão almejada. Deixaremos de ser pecadores para ser considerados santos por Deus. Deixaremos de ser "filhos da ira" (Efé. 2:3), para sermos amados filhos de Deus. Deixaremos de ser fracos e insensatos, porque Cristo é para nós a Sabedoria de Deus. Deixaremos de ser mortais e transitórios, para sermos revestidos da imortalidade e poderemos viver a vida que se compara com a vida de Deus. 

Moisés continua o salmo fazendo alguns pedidos a Deus no v. 14: "Sacia-nos de manhã com a tua benignidade". Ele ora para que seja ''saciado'' em sua fome pela bondade de Deus. Quando ele espera que isso aconteça? ''De manhã''. É pela manhã que você deve buscar uma nova compreensão da bondade do nosso Pai de amor. E onde encontramos as provas dessa bondade? Certamente, nas páginas luminosas da Bíblia, onde Deus nos revelou os Seus atos salvadores.

Com que objetivo o salmista deseja satisfazer a sua fome da bondade de Deus? "Para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias". Aqui está a base de nosso louvor: quando nós temos uma demonstração da bondade de Deus nós O louvamos, exaltamos o Seu glorioso nome e somos alegres, felizes, jubilosos. Os cristãos têm sobejas razões para ser alegres todos os dias de sua vida, porque ele considera na bondade de Deus que se revela diária e constantemente.

Moisés recorda a grande tribulação do povo de Israel em sua escravidão no Egito: longos anos de sofrimento e miséria nas mãos do Faraó, servindo como escravos dos inimigos de Deus. Eles viviam bem próximos à morte, e de fato muitos morreram pela severidade dos trabalhos e exigências e castigos do rei. Mas agora, Moisés, sofrendo ainda no deserto, ora a Deus: v. 15: "Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade."

Temos nós sido afligidos por muitos anos neste mundo e muitas vezes sofremos pela opressão dos nossos inimigos. Muitas vezes o povo de Deus no presente sofre por muitas razões. Mas podemos orar como fez Moisés, suplicando que Ele nos dê a alegria do Espírito Santo, por todos os dias que ainda nos restam em nossa vida aqui nesta Terra. Podemos orar pela compensação dos dias de sofrimento. Mas também é bom lembrar como disse Paulo que "a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação."  2 Coríntios 4:17.

A seguir, Moisés também ora por uma visão da glória a ser revelada aos filhos de Deus. V. 16: "Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória." Ele mesmo já contemplara a glória de Deus, no monte Sinai, e ali encoberto pela mão divina, ele viu a Deus pelas costas, e proclamou o caráter amorável de Deus. E então Moisés adorou a Deus. O cristão tem a esperança de ver a glória de Deus. Mas por enquanto só podemos ver a glória do Seu caráter maravilhoso.

O que acontece quando Deus nos dá uma visão da glória do Seu caráter? O que foi que Moisés pediu? Verso 17: ''Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus''. Com efeito, quando contemplamos a glória de Deus, desejamos a Sua graça, a fim  de podermos viver como Deus em Seu caráter; por isso Moisés pede a graça de Deus, a fim de que possa ser salvo, porque ele cria na salvação pela graça, que nos dá o poder de guardarmos os mandamentos de Deus.

Moisés, o grande legislador, sabe como podemos guardar a aliança e os mandamentos divinos: isto só pode ser conseguido pela graça de Deus. Portanto, ele também pede que Deus confirme as obras de suas mãos, porque as obras revelam o caráter, e ele anseia possuir o caráter de Jeová, o seu poderoso Refúgio.

CONCLUSÃO

Portanto, esta é a mensagem do Salmo 90: Deus é eterno, o homem é mortal e transitório. Mas nós temos uma esperança, que está baseada na propiciação de Cristo. E quando nós cremos nEle como a nossa propiciação, a bondade de Deus é derramada sobre nós, e temos a alegria da salvação. E então, vemos a glória do caráter de Deus e a seguir buscamos a Sua graça para nos dar o poder de andar com Deus e guardar os Seus mandamentos.

Moisés compreendeu o Evangelho. E ele escreveu esta grande mensagem para nós. E um dia eu quero poder falar diretamente com Moisés e lhe dizer o quanto o Salmo 90 e todos os seus escritos me ajudaram. Portanto, vamos buscar:

1) A propiciação, para que nos dê a redenção dos nossos pecados;
2) A bondade divina para que tenhamos alegria;
3) A glória de Deus, para revestir-nos de Sua imortalidade;
4) A graça divina para que nos santifique em nossas obras.

Vamos seguir as suas indicações e buscar a Deus e a Sua graça para podermos viver mais intensamente o nosso Cristianismo. E um dia quando Jesus Cristo voltar, nós veremos não só Moisés que já está no Céu, mas o grande Salvador de Moisés, para entregar as nossas homenagens, o nosso louvor, a nossa gratidão, e para vivermos com Ele eternamente.

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia

sábado, 27 de outubro de 2018

Vamos Orar?

Vamos Orar?

Senhor Deus e Pai. Muito tem-se falado sobre a volta de Jesus, conforme a Sua promessa de que voltaria para nos buscar.

Jamais, em tempo algum, o povo de Deus tem sido levado a pensar neste grandioso dia, entretanto muitos de nós somos levados a simplificar tal fato.

Alguns são considerados alarmistas e outros ao outro extremo, perdendo o foco no que importa - a necessidade da  comunhão diária.

De nada adianta Senhor nossas reações se não estivermos em verdadeira comunhão, porque o tempo de Deus para mim pode ser neste instante.

O tempo de angústia  quando acontecerá  e por quanto tempo?

Confiamos em Seu amor e misericórdia pois sabemos  que passaremos  por aflições e conflitos, mas também  sabemos que Jesus venceu por nós.

Alguns julgamos passar por maiores dificuldades que outros, entretanto  o principal é  sabermos  que nada nos sobrevém acima de nossas forças.

Por isso imploro que nos incomode a estarmos alertas, e incessantemente  O buscarmos, por fim batizando-nos diariamente  com o Espírito Santo.

Mantenha  Senhor a Sua promessa e nos liberte do pecado. Perdoa-nos por atitudes de incredulidade  e infidelidade. Motiva-nos em busca de vivermos o nosso tempo em verdadeira comunhão.

Que a Sua Palavra  toque a nossa vida. Imploro  que escute a oração de cada um de nós  neste instante  ...

#EmOracão
#DeusEstáNoComando
#FortaleceNossaFéSenhor
#Amém

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Quietude

Não tenha Medo

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Best Of Gospel - Gospel Playlist - Best Gospel Music Of All Time

A ORAÇÃO MODELO

A oração-modelo, 12 de Setembro

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos Céus, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu; o Pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal; pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém. Mateus 6:9-12. PC 257.4

Esta manhã minha oração ao Senhor é que me conceda Sua copiosa graça. Jamais desejo começar o dia sem receber prova especial de que o Senhor Jesus é meu Ajudador, e de que possuo a abundante graça que é meu privilégio receber. PC 258.1

Em minhas devoções matinais tenho considerado privilégio rematar minha petição com a oração que Cristo ensinou aos Seus discípulos. Tantas são as coisas de que de fato careço para satisfazer as necessidades de meu próprio caso, que às vezes receio pedir mal; quando, porém, com sinceridade faço a oração-modelo que Cristo deu aos discípulos, não posso deixar de sentir que, nessas poucas palavras, todas as minhas necessidades se acham incluídas. Essa prece faço depois de haver feito minha oração particular. Se de coração, espírito e alma faço a oração do Senhor, posso então dedicar-me em paz ao meu trabalho, sabendo que não pedi mal. ... PC 258.2

Os escribas e fariseus muitas vezes faziam suas orações em praça pública e nas ruas das cidades. Cristo lhes chamou hipócritas. Em todos os tempos têm os homens orado com o desejo de “serem vistos pelos homens.” Mateus 6:5. Quando Cristo vê em Seus discípulos erros que são susceptíveis de os desencaminhar, sempre os instrui no caminho certo. Não faz uma advertência sem dar também uma instrutiva lição, mostrando como remediar o erro. Depois de dizer aos discípulos que em suas preces não usassem “vãs repetições” (Mateus 6:7), deu-lhes bondosa e misericordiosamente uma breve oração-modelo, para que soubessem como fazer para não imitar as orações dos fariseus. Ao dar essa oração, sabia Ele que estava ajudando a fraqueza humana, estruturando em palavras aquilo que compreende todas as necessidades dos homens. “Não sabemos o que havemos de pedir como convém” (Romanos 8:26); a instrução de Cristo para nós, entretanto, é clara e definida. — Manuscrito 146, 1902. PC 258.3

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO

Em 1915, com 87 anos de idade, Ellen G. White faleceu em sua casa, em Elmshaven, Deer Park, Califórnia. As últimas palavras registradas como tendo sido proferidas por essa serva de Deus foram: “Eu sei em quem tenho crido.”

Quão bem conhecemos nós o Deus em quem cremos? A pergunta é importante e muito pessoal. Creio que podemos conhecer a Deus, mas conhecer a Deus não significa que nós O compreendemos. Ter um profundo conhecimento pessoal de Deus significa que nos sentimos seguros em Sua presença e buscamos Sua companhia. Deixe-me falar sobre três coisas que cheguei a conhecer de Deus por meio de minha própria experiência.

Deus é meu Criador

Primeiro, eu conheço a Deus como meu Criador. A criação é um evento estranho, incomum e maravilhoso. A própria Bíblia admite isso. Ele fez o mundo por Sua palavra. Nós não podemos fazer o mesmo. A criação é um milagre. Ela aparece diante de nossos olhos já na primeira página da Bíblia e sem qualquer introdução. Assim ela é mostrada no Livro Santo: “No princípio criou Deus.” Não admira que muitos, mesmo alguns cristãos, têm dificuldade de aceitar a criação como o meio de feitura do mundo e de tudo o que há nele. Há, de fato, muitas interrogações.

Para ajudar a responder algumas dessas perguntas, nossa igreja criou o Geoscience Research Institute (“Instituto de Pesquisa Geocientífica”). Já participei de duas viagens de estudo de campo. Elas foram agradáveis e informativas. Todavia, trataram principalmente das evidências de uma catástrofe grande e terrível — o dilúvio. Entre as palestras, porém, eu tirava um tempo para contemplar o mundo de Deus — o mar em baixo e as estrelas em cima. Comecei a me sentir seguro na presença do meu Criador e a procurar Sua companhia mais intensamente do que antes.

Observe ainda outra história da criação, desta vez sob a perspectiva de uma criança. Em Salmo 8:1-5, duas pessoas estão conversando — um pai ou mãe e uma criança. Talvez fosse o próprio salmista, o rei Davi, e um de seus filhos, Absalão ou Salomão. Eles estavam caminhando, certa noite, pela cobertura do palácio. Olhando para cima, o filho pergunta: “Pai, quantas estrelas cintilantes existem? E, papai, quem as pôs lá? Veja, uma está caindo!” Foi nesse momento que o salmista escreveu: “Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor” (NVI, nota de margem). E ainda: “Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele Te importes?” (NVI). Note a expressão “obra dos Teus dedos.” Para o salmista, a obra criadora de Deus é tão simples quanto o trabalho de um dedo; simples quanto uma brincadeira de criança!

As crianças conhecem a Deus instintivamente porque têm olhos grandes e curiosos que estão sempre observando. Elas sabem o que significa estar seguro na presença de seus pais, se elas realmente têm bons pais. Portanto, elas nos ensinam como nos sentir seguros na presença de Deus e como procurar Sua companhia.

Você pode pensar, porém, que isso é muito simplista. Não somos mais crianças. Como podemos conhecer nosso Criador sem primeiro resolver todas as questões acerca do mundo que Ele criou — questões acerca dos fósseis primatas encontrados na África, das eras do gelo na Escandinávia, da coluna geológica, dos dinossauros e assim por diante?.

Concordo que essas questões são difíceis e, francamente falando, eu não tenho encontrado respostas satisfatórias a todas elas. Mas então me lembro do Salmo 8 e penso numa criança parada na esquina, esperando para cruzar uma rua de tráfego intenso. Ela estende o braço, apega-se à mão de seu pai e então se sente segura. É assim que eu me relaciono com meu Criador. É claro que há questões e problemas. Há mistérios no mundo. Mas quando tomamos Sua mão, sentimo-nos seguros.

Quando conhecemos a Deus desse modo, confessamos sem hesitação ou reserva: Creio em Deus Pai, o Todo-Poderoso, Criador dos céus e da Terra. Eu sei em quem tenho crido. Sinto-me seguro na presença de meu Criador e busco Sua companhia.

A vontade de Deus para minha vida

Segundo, eu conheço a Deus pela aceitação de Sua vontade para minha vida.

A vontade de Deus para nós é nosso bem-estar e a vontade divina está revelada em Sua lei. Isso também pode parecer muito simples; apesar disso, a vontade de Deus é uma coisa estranha para muitas pessoas. Para alguns de nós, a vontade de Deus é estrita, opressiva, legalista, dura e crítica. Por essa razão, até mesmo alguns cristãos não buscam conhecer seriamente a vontade de Deus e obedecê-la seriamente. Em vez disso, eles tentam evitá-la e assim seguir a própria vontade.

Dentro da curta história da Igreja Adventista do Sétimo Dia, vejo duas fases distintas em nosso ensino com relação à vontade de Deus e Sua lei.

Fase um: Logo no início, sem querer, conseguimos afastar muitas pessoas da vontade de Deus expressa em Sua lei. Ellen White falou dessa ênfase errada em 1888, quando nos instruiu acerca do relacionamento entre lei e graça. A princípio, ouvimos e mudamos, mas então nos esquecemos do que havíamos aprendido.

Falávamos da lei de Deus da mesma forma como da vinda do juízo de Deus, intimidando assim nossos ouvintes. Alguns de meus alunos costumavam dizer: “Se no juízo Deus vai levar em consideração meus pecados contra Sua lei, então eu não vou conseguir. Desisto. Eu não quero nem ouvir mais sobre a lei de Deus.” Minha tarefa era mudar o seu pensamento.

Fase dois: Cerca do final do século vinte, como adventistas, começamos outra vez a enfatizar a graça de Deus e a justiça pela fé. Ensinamos corretamente que a graça precede a tudo o mais em nosso relacionamento com Deus, e uma vez que a aceitemos, nós O conheceremos e também Sua vontade para nós. Mas, essa descoberta maravilhosa não restabeleceu a lei de Deus como guia em nossas vidas. Na verdade, parece que a lei de Deus é mencionada hoje em dia muito menos do que antes, mas por razões diferentes — não porque tenhamos medo dela, mas porque nós a deixamos de lado e ignoramos seu valor.

Pensando em tudo isso, cheguei a duas conclusões. Primeira: em todas as passagens que falam do juízo, especialmente nos escritos dos profetas, Deus não julga Seu povo por ter falhado em obedecer a Sua lei, mas por ter falhado em permanecer leal à Sua aliança. Miquéias 6:6-8 fala do fracasso de Israel e então passa a enumerar as muitas maneiras pelas quais Israel poderia haver sido mais obediente. “Deveríamos nós oferecer mais ofertas queimadas, óleo e sacrifícios?”, perguntou o povo. “Não!” Foi a resposta do Senhor. “Eu apenas peço três coisas (v. 8): pratiquem a justiça, amem a fidelidade e sejam humildes, ou seja, sejam leais para comigo.” É isso o que Deus quer.

Assim eu explicava aos meus alunos que o Juízo é um importante ensino da Bíblia, mas quando nossos nomes forem passados na corte celestial, aquilo que Deus irá perguntar não é quão bons, mas quão leais temos sido. É isso o que realmente mais importa para Deus. Na verdade, não são os nossos pecados que nos deixam numa situação difícil no Juízo, mas o desdém pela corte é que nos põe em risco diante dEle. Quanto aos nossos pecados, Deus sabe que pecamos, mas Ele tem o remédio para o pecado — perdão (Miq. 7:19). Mas o que pode Deus fazer com relação à deslealdade de nossa parte? O que pode Ele fazer quando Lhe viramos as costas? É isso que importa no Juízo. Voltamos-Lhe as costas em sinal de desrespeito para com a corte, ou vimos nós corajosamente perante Seu trono em busca de aceitação e perdão por meio de Jesus Cristo, nosso Amigo e Advogado? É isso o que significa lealdade no julgamento.

Minha segunda conclusão é que a lei de Deus se destina a mostrar-nos como agir e viver com mais responsabilidade. A lei de Deus consiste em dez mandamentos divididos em duas tábuas. Vamos começar pela parte mais fácil, a segunda tábua, que ensina como nos relacionarmos com os outros. Não cobice aquilo que pertence a outro; esteja satisfeito com o que você tem. Não minta para o seu próximo; diga-lhe a verdade. Não tome para si aquilo que é dos outros. Respeite a esposa de seu amigo; não cometa adultério. Não mate ninguém; você não deve tirar a vida dos outros. “Mas, como podemos aprender a viver em harmonia com essas exigentes proibições?”, podemos perguntar. A resposta está no mandamento positivo da segunda tábua, o qual aponta para o cerne de todos os relacionamentos: honre seu pai e sua mãe. É aqui que tudo começa, em casa com pai, mãe e filhos. Se as coisas vão bem em casa, então elas vão bem na vizinhança, no país e no mundo. A vontade de Deus não é nenhum mistério, nem algo que cause medo. Ela começa por um bom e seguro lar.

Mas, perguntamos: Quem nos deu esses princípios e porque deveríamos atentar para eles? A resposta é encontrada na primeira tábua — os quatro mandamentos que tratam de nosso relacionamento com Deus. O Autor desses mandamentos não é qualquer um. Eles vêm de Deus e representam Sua vontade. Quem é esse Deus? Não podemos vê-Lo ou sequer fazer uma imagem dEle. Bem, será que posso falar com Ele? Sim, de alguma forma, em oração e meditação, mas não usando Seu nome de modo leviano. O que então devemos fazer para conhecermos esse Deus e Sua vontade? Isso nos leva ao mandamento positivo correspondente situado na primeira tábua, o quarto. Ele contém a surpreendente mensagem: o Doador da lei, que estabeleceu esses elevados padrões éticos para nós e que exige tanto de nós, começa oferecendo-nos uma dádiva — um dia à parte, um tempo sagrado, um tempo de repouso. Esse é o dia no qual aprendemos a conhecer a Deus na segurança de Sua presença. Uma vez que captemos o profundo significado do quarto mandamento, todas as questões anteriores são resolvidas. Nós O conhecemos ao sentir-nos seguros em Sua presença e ao Lhe buscarmos a companhia no Seu dia (Isa. 58:13-14).

Deus Me Ama

Terceiro, eu conheço a Deus porque Ele me ama.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16, NVI). Quando jovem, impressionava-me muito saber que nosso Senhor e Salvador teria dado Sua vida mesmo por um único pecador. Além disso, Paulo diz que até podemos entender se alguém estiver disposto a morrer por um amigo, mas Cristo deu Sua vida por nós quando ainda éramos inimigos (Rom. 5:7-8). Temos de pensar com bastante cuidado na palavra amor, especialmente porque ela expressa a terceira dimensão de nosso conhecimento de Deus.

Antes de tudo, o amor de Deus não é motivado por emoções ou paixões. Seu amor é um princípio. É isso que precisamos saber acerca dEle e quando alcançamos esse conhecimento sentimo-nos seguros em Sua presença e buscamos Sua companhia. Ou seja, amamos a Deus da mesma maneira. Alguns cristãos desenvolvem um relacionamento de amor meramente emocional, passional, com Deus. Nossos jovens, e até mesmo crianças, são às vezes enredados pela crença de que o cristianismo é simplesmente uma questão do coração. “Dê seu coração a Jesus”, nós os ensinamos desde a mais tenra idade. Mas, permanecerá forte e constante o seu amor para com Deus à medida que eles crescerem?

Uma das experiências mais tristes que tive é ver um jovem e um não tão jovem cristão substituir seu apaixonado amor por Deus, por uma certa aversão a tudo aquilo que é religioso e cristão. O profeta Oséias também fala dessa experiência quando se queixa de que o amor de Israel é como o orvalho da manhã. Evapora diante dos primeiros raios de Sol (Oséias 6:4). Então, a fim de explicar o generoso amor de Deus, o profeta introduz uma palavra especial para amor, hesed, que significa amor baseado em princípio. Hesed poderia ser traduzido como “amor que perdura”, “amor que guarda a aliança,” ou “amor eterno.”

Todos temos algo a aprender sobre o amor de Deus. Ele nos ama por princípio, mas, diferente do nosso, Seu amor nunca perde a intensidade. Ele sempre permanece forte e cálido. Deus é Alguém que nos ama sempre. Ele é Alguém cujo amor é firme, não importando as circunstâncias. Ele é Alguém que ama mui diferentemente do modo como o mais amoroso entre nós o faria.

É isso o que Jesus nos explicou na parábola do filho pródigo que voltou para o seu pai, mãe e irmão (Luc. 15). Rembrandt, pintor holandês, retratou essa cena num famoso quadro que se encontra no Museu Nacional do Eremita, em São Petersburgo, Rússia. O teólogo Henri Nouwen escreveu um livro sobre essa pintura do filho rebelde que finalmente retorna para casa. O ponto central na parábola, tanto na pintura quanto no livro, é que, contrariando todas as expectativas, Deus o Pai amou a esse jovem com um amor de mãe e com um amor de pai. Esse ponto incomum está implícito na parábola de Jesus onde ambos — pai e mãe — fazem algo para demonstrar seu amor ao filho que volta ao lar. O pai veste o filho com um manto e a mãe lhe prepara um banquete. Isso é mostrado claramente na pintura de Rembrandt e na interpretação de Nouwen. Rembrandt pintou as mãos do pai nos ombros do filho — uma reproduz a mão forte de um homem e outra se parece com a mão gentil de uma mulher. E colocou a figura de uma mulher mais ao fundo para indicar que ela também estava ali. É desse modo que Deus ama a todos os Seus filhos hoje. Ele ama a você e a mim, não importa a idade, o sexo, a raça, a religião ou a procedência geográfica. Todos nós somos Seus filhos!

Nos momentos difíceis não é fácil manter em nossa mente o conhecimento de Deus com nitidez. Mas, precisamos estar sempre centrados nele. Nos tempos de calamitosa destruição e catástrofe, à medida que este mundo ruma para o seu final, precisamos ter a certeza de que Ele é o nosso Criador e o Criador do mundo todo. Quando a lei e a ordem parecem não mais existir, os injustos são arrogantes e os inimigos de Deus pecam a olhos vistos, precisamos conhecer a vontade de Deus e Suas exigências éticas, porquanto apenas elas podem trazer paz à nossa vida, família e sociedade. Quando o amor se transforma em ódio ou se torna irrelevante por omissão ou descuido, e aqueles com quem nos relacionamos se tornam nossos inimigos, precisamos conhecer o Deus que ama sempre e incondicionalmente a todos os Seus filhos. O amor de Deus é incondicional. Creio que é isso o que Ellen White tinha em mente quando pronunciou suas últimas palavras: “Eu sei em quem tenho crido.”


Niels-Erik Andreasen (Ph.D., Universidade Vanderbilt) é o presidente da Universidade Andrews. Este artigo está baseado num sermão devocional pregado durante o recente Concílio Anual da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Seu endereço: Andrews University, Berrien Springs, Michigan 49104, USA.